Setor elétrico (Carta em resposta a artigo publicado em 05 JUN 2020)

Data da matéria: 08/06/2020

“ Em artigo publicado em 5/6/2020, os autores Roberto D’ Araujo, Clarice Ferraz e Gustavo Teixeira equivocam-se em conceitos básicos. Em primeiro lugar, a crise sobre o setor elétrico é muito grave e a rápida ação das autoridades e das empresas evita a inadimplência generalizada e uma judicialização com repercussões negativas por muitos anos para os consumidores.

Em segundo lugar, o Decreto 10.350/2020 não representa “ ajuda bilionária ” às distribuidoras: na verdade, o decreto beneficia os consumidores ao amenizar o impacto médio imediato de cerca de 12% sobre as contas de luz.

Em terceiro lugar, os indicadores selecionados pelos autores (lucro líquido, Ebitda e dividendos) são relevantes para várias análises, mas não consideram o investimento e o custo de captação de recursos que são incorporados por outro indicador: o Economic Value Added (EVA). Conforme estudo da KPMG em parceria com o Instituto Acende Brasil, a rentabilidade do setor elétrico foi negativa em R$ 145 bilhões entre 2011 a 2018, periodo em que as empresas investiram R$ 275 bilhões. ”

Claudio Sales e Eduardo Monteiro| presidente e diretor executivo do Instituto Acende Brasil

All rights reserved to Instituto Acende Brasil