Setor elétrico se une por arrecadação de recursos
Sete empresas do setor elétrico se uniram para arrecadar recursos para o fundo emergencial da Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz), visando aumentar a produção de testes diagnósticos da Covid-19. Pelo menos R$ 9 milhões já estão comprometidos.
O vice-presidente de gestão e desenvolvimento institucional da Fiocruz, Mario Moreira, afirmou que “ esse apoio é de grande importância diante dos desafios que a emergência sanitária do novo coronavírus representam ao País. E a parceria com as empresas dos diferentes segmentos do setor elétrico fortalecerá ainda mais a produção e fornecimento de novos testes ”, completou.
As empresas são dos segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. E o projeto é coordenado pelo Instituo Acende Brasil. Fazem parte do projeto as empresas Enel, Engie, Isa Cteep, Light, Grupo Energisa e Neoenergia. A vice-presidente de gente e gestão do Grupo Energisa, Daniele Salomão, tem a expectativa de que outras empresas do setor participem da ação nos próximos dias, com novas doações para a Fiocruz.
Em um outro projeto, foi criado o movimento Energia do Bem para combater o novo coronavírus por meio de quatro frentes de ação: doação de ventiladores pulmonares, conserto de ventiladores pulmonares quebrados, obras elétricas em unidades públicas de saúde e captação de recursos para assistência a idosos.
Na primeira frente, os investimentos alcançam em torno de R$ 6 milhões. Já foram doados recursos para aquisição de 11 ventiladores pulmonares para unidades de tratamento intensivo de Minas Gerais e Sergipe.
Foi feito um levantamento em 11 Estados do País e até o momento 448 ventiladores necessitam de conserto em unidades de saúde localizadas em Minas Gerais, Sergipe, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os aparelhos serão consertados nas oficinas do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), graças à parceria firmada com a CNI (Confederação Nacional da Indústria). “ A gente pega os ventiladores quebrados, leva para o Senai e ajuda nessa logística ”, disse Daniele.
Como diversos Estados estão montando hospitais de campanha ou ampliando unidades existentes, isso precisa de energia elétrica. “ Nós entramos com mão de obra nossa, para aumento de carga ou novas ligações, e estamos isentando os governos desse tipo de gasto e trabalhando nessas obras de expansão dos hospitais nos Estados onde a gente atua. ” O projeto reúne 13 parceiros, entre eles Grupo Energisa, CNI, Instituto Euvaldo Lodi, Sesi/Senai e Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata (Minas Gerais) e Evoé.
Foi criado também o portal Energia do Bem, com informações sobre o novo coronavírus e conteúdo para reduzir os impactos do isolamento social, com curadoria da Unesco.